Hiroshima, meu amor (Hiroshima mom amour, França/Japão, 1959) dirigido por Alain Resnais é um dos filmes representantes da Nouvelle Vague. Certamente não é um filme para ser visto com o mesmo olhar que assistimos a filmes com narrativas lineares no sentido de cronologia e de coesão. Um olhar mais "sensível" é necessário justamente devido à proposta do filme não ser narrativa e sim poética.
Um filme sobre o amor, sobre as memórias, sobre a guerra e que é ao mesmo tempo cinema, poesia e política...mas não vou descrevê-lo. O que me importa é aguçar as vontades, então deixo meu elogio pela originalidade magistral do diretor, pela atuação de Emmanuelle Riva e pela belíssima fotografia. Além disso, como não poderia me escapar aos olhos, deixo minha observação para duas cenas em que o origami aparece integrando o cenário:
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Cena em que tsurus são carregados por crianças em uma passeata (a passeata compõe as gravações de um "filme dentro do próprio filme") |
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Cena de um quarto de hospital totalmente ornamentado com origamis, entre eles, vários kusudamas. |
Sem dúvidas, um grande filme, para ser visto várias vezes e para muitas reflexões.
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